Detalhes
Requalificação da Osório chega aos dois anos
Projeto ainda depende de ações menores ao longo da extensão da rua para ser finalizado
Paulo Rossi -
A requalificação da rua General Osório completou dois anos em fevereiro. Projetada para durar nove meses, a obra passou por diversos percalços que atrasaram a sua entrega. Em agosto do ano passado, a equipe do Diário Popular percorreu a via e constatou inconsistências durante todo o percurso. Seis meses depois, os problemas pontuais foram resolvidos, mas, no restante, pouca coisa avançou.
Ainda faltam detalhes finais na via, mas que fazem a diferença a quem transita por lá. Dos 69 abrigos previstos, apenas 22 foram colocados - e um já teve o telhado quebrado por um ônibus durante uma manobra. O restante do mobiliário urbano (bancos, bicicletários e lixeiras) também precisa ser implantado em quase toda a extensão. Também falta o ajardinamento, que inclui a colocação de mudas de árvores, grama e terra. Entre as ruas Marechal Floriano e 7 de Setembro, a calçada terá de ser refeita.
“Para mim, não mudou nada”. A opinião de Nina Brum, que trabalha nas proximidades da Osório, vem carregada de decepção. Usuária do transporte coletivo, ela reclama principalmente das paradas de ônibus. A estrutura é feita em metal e tem revestimento de vidro Blindex. “Continuamos expostos ao sol e à chuva”, comenta Nina. Ela ressalta que a cobertura quase transparente não faz sombra. A proteção também é ineficiente quando tem chuva e vento. “A única coisa boa são os bancos”, fala.
Por outro lado, os motoristas que utilizam a via diariamente sentem a diferença no tempo de deslocamento. Com a conclusão do corredor exclusivo para ônibus, a vazão aumentou, garantindo maior fluidez ao trânsito de veículos.
Falta também a colocação de grelhas entre o corredor e a calçada. A dona de casa Maria Helena Fonseca reclama da ausência. “Podia ser fechado ali”, fala, apontado para o espaço. Além disso, classifica como ruim o estado das calçadas e lembra o dia em que quase caiu por causa de uma lajota quebrada.
Vera Lima, que aguardava o ônibus na rua, considera a demora nas obras como um grande transtorno à população. “Vi gente caindo, se machucando...”, relata. Ela também reclamou da ineficiência dos abrigos, especialmente nos dias de chuva.
Os principais prejudicados com a morosidade foram os comerciantes, como Sandro Bandeira. Ele é proprietário de um estabelecimento entre as ruas 3 de Maio e Dom Pedro II. No início da reforma, conta, foi um transtorno e o movimento caiu significativamente. Agora, vendo o resultado, acredita que valeu a pena. “Tá ficando bom”, admite. O trecho é um dos que têm mais avanços.
Demora
O contrato assinado com a empresa SBS Engenharia estipulou prazo inicial de nove meses para a requalificação de três ruas: General Osório, Marechal Deodoro e Gomes Carneiro. Após ter a data de entrega prorrogada duas vezes, as obras deveriam ter ficado prontas no último dia 20. Apenas a Gomes Carneiro foi concluída. De acordo com o mesmo termo, o contrato é válido até 2 de maio deste ano, prazo que pode ser novamente prorrogado. O secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales, estima que a General Osório seja entregue em abril.
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